Ao chegar às instalações do BOPE se depara com esse cartaz. O bom humor faz parte de seu cotidiano. Provavelmente uma forma de aliviar as tensões.
O sargento Marco Antonio Gripp, um friburguense no BOPE, ao lado da Profa. de História do Direito, Janaína Botelho. O sargento Gripp levou os alunos da UCAM a favela Tavares Bastos, pacificada pela UPP.
Em 1980, o BOPE adota seu polêmico emblema um disco preto, representando o luto permanente, ornado por uma borda em vermelho, representando o sangue derramado em combate; no centro do disco se inscreve um desenho de crânio humano, representando a morte, com um sabre de combate o trespassando de cima para baixo, representando a vitória sobre a morte em combate; o conjunto é ornado por duas garruchas douradas cruzadas, que simbolizam, internacionalmente, a polícia militarizada. “Começava nascer a “mística” da unidade de operações especiais onde a “glória prometida” seria a vitória sobre o que mais se poderia temer no combate: a morte.
“Comentei com os colegas do batalhão que iria me inscrever no curso do BOPE; todo mundo começou a me zoar [sic]: „Aí Mané [sic], é faca na caveira e nada na carteira! Vai comer cobra e tomar tapa na cara! O que você vai ganhar com isto?‟. Virei alvo das brincadeiras.” (Soldado, cinco anos de serviço na PMERJ, candidato ao COEsp)‟
Fonte: BOTELHO, Paulo Storani. “VITÓRIA SOBRE A MORTE: A GLÓRIA PROMETIDA. O rito de passagem na construção da identidade das Operações Especiais do BOPE/PMERJ.” Programa de Pós-Graduação em Antropologia. UFF -2009.
Aluno de Comunicação Social da UCAM posa na favela pacificada Tavares Bastos
Vista do Rio de Janeiro da favela Tavares Bastos
O Prof. Jerônimo Pinto agradece ao Comandante Paulo Henrique de Moraes a recepção do BOPE aos alunos da Universidade Candido Mendes
Prof. Jerônimo, em momento de descontração, posa no caveirão do BOPE. Detalhe para o tiro no vidro do caveirão
O símbolo do BOPE foi apropriado de uma tropa de elite da Segunda Guerra Mundial de uma missão especial inglesa destinada a sabotar as bases nazistas na França. "CAVEIRA", é assim que os membros do BOPE dão seu grito de guerra numa alusão de que VENCERÃO A MORTE em suas investidas.
O caveirão, uma arma de guerra contra os narcotraficantes
O Comandante Paulo Henrique de Moraes expõe aos alunos sobre o que é BOPE e diz esperar que as pessoas não confundam a ficção do filme "Tropa de Elite" com a realidade do BOPE. O filme não é um fac símile da Instituição
O Capitão Ivan Braz em palestra narrou a história do BOPE aos alunos da UCAM. Segundo ele o BOPE é cheio de mitos. E qual o maior mito do BOPE, indagada um aluno. Segundo Braz, " as pessoas pensam que somos uma horda de bárbaros".
Missão Dada, Missão
Cumprida. O lema do
BOPE
Os alunos do curso de Direito da Universidade Candido Mendes, visitaram no dia 27, as instalações do BOPE no Rio de Janeiro. Acompanhados pelos professores Janaína Botelho, Jerônimo Pinto e Luigi Brust, a visita objetivava criar oportunidade aos alunos de conhecer as políticas públicas de segurança do Estado, mais propriamente as Unidades de Pacificação, através do órgão responsável pela sua implementação, o BOPE. Apesar de lidar no seu cotidiano com a tensão e igualmente o confronto com os narcotraficantes, o BOPE ainda tem fairplay e faz humor. Na chegada, um cartaz com o seguinte lembrete: “Seja bem-vindo visitante. Mas não faça movimentos bruscos”. Criado em 19 de janeiro de 1978, em virtude do fracasso de uma libertação de reféns em uma rebelião ocorrida no Presídio Evaristo de Moraes, no Rio de Janeiro, o BOPE inicia suas atividades de uma forma praticamente casuística, ou seja, treinar policiais especializados para lidar com a negociação de reféns. Mas atualmente, sua missão é muito mais abrangente.
Não possuindo sede própria, o BOPE instalava-se provisoriamente em alguns locais da Polícia Militar. Aumentando cada vez mais a sua importância na segurança pública foi-lhe concedida no ano de 2000 uma área pertencente ao Estado, onde havia um hotel em fase de construção. No entanto, era ocupada por narcotraficantes. A região era conhecida como Vale dos Ossos Secos, pertencente à antiga Fazenda Guinle. Como acontece nas áreas periféricas do Rio de Janeiro, houve a favelização do local, transformando-se na favela “Tavares Bastos” onde os narcotraficantes dominavam a comunidade. O BOPE ocupou o esqueleto do hotel e como diz o seu lema “Missão dada. Missão Cumprida”, realizando a primeira ação de pacificação, através da “imposição da paz”, declara o Capitão Ivan Braz. Ainda segundo ele, “não existe pacto entre homens e leões”, por isso, acredita que as ONG’s que tentam uma convivência pacífica entre narcotraficantes e a comunidade nunca conseguirão tal objetivo. Para efetuar atualmente todas as ações de pacificação nas favelas do Rio de Janeiro, as UPPs, logo se imagina um grande contingente de soldados do BOPE. Mas não é o que ocorre. Contam atualmente com somente quatrocentos homens que se dividem nas seguintes funções: operações especiais em área urbana, unidade de intervenção tática(resgate de reféns), centro de treinamento, dando inclusive curso ao Mossade(Israel), FBI(USA) e até ao exército brasileiro, entre outras funções. O BOPE tornou-se referência nacional e tem similares em vários Estados brasileiros com a mesma destinação, mas com denominações diferentes.
De acordo com o Capitão Braz, o filme “Tropa de Elite” é muito mais ficção do que realidade, não sendo um fac-símile da instituição. Qual o maior mito sobre o BOPE, pergunta um aluno da UCAM? Responde o Capitão Braz que o maior mito é que todos acreditam que vão encontrar no batalhão do BOPE uma horda de bárbaros, imagem veiculada no filme. O símbolo do BOPE, uma caveira com uma faca verticalmente encravada no crânio e duas pistolas transversas, foi apropriado de um esquadrão inglês da Segunda Guerra Mundial que tinha como missão sabotar as bases nazistas na França ocupada. O comando do BOPE deu em primeira mão aos alunos da UCAM que futuramente irão ocupar uma área de duzentos e vinte mil metros quadrados no Complexo da Maré, no antigo Batalhão de Infantaria Blindada, onde poderão treinar em torno de sete mil homens.
Em entrevista com o Comandante Paulo Henrique de Moraes aos alunos do Curso de Comunicação da UCAM, Mateus de Carvalho e Bárbara Stork, foi-lhe perguntado o que agregava ao batalhão a visita de universitários. Respondeu que para a polícia militar a relação com a comunidade é essencial, assim como o debate de idéias, e ouvir a percepção do público sobre o trabalho do BOPE auxiliava no planejamento de ações futuras. Quanto ao filme “Tropa Elite”, o Comandante Paulo Henrique teme que o público não saiba diferençar entre realidade e ficção, já que o filme não traduz o que seja realmente a instituição. Não são hordas de bárbaros, como demonstra o filme, e não tomam pílulas para dormir como faz o personagem fictício capitão Nascimento. Mas entende que o BOPE será sempre cercado de mitos pela sociedade brasileira. Ao final da visita o Tenente Gripp conduziu os alunos da UCAM até a favela Tavares Bastos para mostrar o cotidiano dos moradores de uma comunidade pacificada pelo BOPE.
Surpreende a simplicidade das instalações do BOPE e a atenção que deram aos alunos, franqueando a palavra aos estudantes durante a palestra e ouvindo com interesse suas percepções sobre a instituição. Ao percorrer o prédio, os alunos se depararam com uma curiosa oração, a “Oração das Forças Especiais”, onde os homens da elite da polícia pediam a Deus que “estejais conosco, quando procurarmos defender os indefesos e libertar os escravizados”.
Duas entrevistas com Rodrigo Pimentel que fala sobre o BOPE e sobre a violência do Rio de Janeiro. Segundo ele, uma guerra perdida.
1 Response to "ALUNOS DE DIREITO DA CANDIDO MENDES VISITAM O BOPE"
Oh My God....
Comandante Paulo Henrique, além de super competente, é um gato....
Deixa qualquer Nascimento para trás.....
rsrs.....
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