A cor mais clara na montanha são os deslizamentos ocorridos no dia 12 de janeiro de 2011.
O deslizamento de pedras que destruiu parcialmente o Hospital São Lucas.
Um helicóptero sobrevoa a zona acidentada.
Um exemplo de residência de classe média alta ameaçada pelo desmoronamento.
Festa em homenagem a São Pedro e São Paulo, oragos do bairro. A sociabilidade de pequenas comunidades ocorre sempre em razão de festas religiosas.
Acima: A igreja de São Pedro e São Paulo depois do desmoronamento de 12 de janeiro de 2011.
O bairro de Duas Pedras foi o mais afetado do perímetro urbano de Nova Friburgo, na catástrofe do dia 12 de janeiro de 2011. Tem esse nome devido às duas montanhas que se avistam do bairro. A denominação de “duas pedras”, ao invés talvez de dois morros ou duas montanhas, é significativa. Conforme se depreende das fotos, elas possuem uma formação rochosa com pouca vegetação. Foi em decorrência disso que a localidade, onde se assentou Nova Friburgo, tinha o nome de “Morro “Queimado”, devido a cor tisnada, acinzentada, de suas montanhas, com pouca vegetação.
Ao final do século 19, a Chácara de Duas Pedras, por onde passava a linha do trem, fora indubitavelmente destinada a ser a cloaca de Nova Friburgo. Era lá onde se depositava o lixo da cidade e havia um projeto para se transferir o cemitério para aqueles arrabaldes. Foi também para lá que se deslocou o matadouro quando removido da Praça Primeiro de Março, no centro da então vila. O matadouro era visto como uma atividade econômica insalubre. Consequentemente ali abrigou um curtume, hoje já desativado. A Chácara de Duas Pedras, de fato, foi escolhida para abrigar tudo que fosse indesejado no município. Nesse local, também se edificou o lazareto, para o recolhimento e isolamento de pessoas com doenças infecto-contagiosas. O lazareto, assim como o Sanatório Naval, se localizavam na parte mais alta da cidade, como era natural, àquela época, a localização de hospitais.
Atualmente Duas Pedras transformou-se em uma zona industrial da cidade. No entanto, entre suas encostas, abriga residências da classe média alta da cidade, hoje comprometidas estruturalmente devido aos desmoronamentos dos morros. Já na parte mais urbana no bairro, residem pessoas de classe média baixa. Nesse núcleo está localizada a igreja de São Pedro e São Paulo, o orago do bairro, muito afetada pelos desmoronamentos ocorridos na tragédia do dia 12 de janeiro.
Fotos antigas: Crédito das fotos antigas Centro de Documentação D. João VI e de Osmar Castro.
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