Livro: O cotidiano de Nova Friburgo no Final do Século XIX: Práticas e Representação Social



No final do século XIX, o Rio de Janeiro vivia um verdadeiro inferno social em que grassavam epidemias de febre amarela, cólera, entre outras doenças, além da tuberculose, que ceifava milhares de vidas a cada ano. Os habitantes mais abastados do Rio fugiam dessas doenças, deslocando-se durante o verão, período em que a epidemia ocorria de forma virulenta, para as regiões serranas. Nova Friburgo, depois de Petrópolis, era o município que mais recebia esse afluxo de veranistas, que chegavam a passar seis meses na cidade, retornando ao seu torrão natal somente no final do mês de abril. Essa circunstância movimentou a economia da cidade, e o turismo chegou a superar a atividade econômica da agricultura, alterando profundamente a estrutura social e política da cidade.

Essa riqueza atraiu ainda imigrantes portugueses, italianos, espanhóis, franceses e libaneses, além de indivíduos que a imprensa rotulava de vagabundos, ou seja, migrantes pobres que se deslocavam continuamente pelo país. Novas formas de sociabilidade foram introduzidas, e Friburgo passou a ter uma vida cultura intensa com a representação de óperas italianas, do teatro dramático português, do lundu e das modinhas dos circos, bem como a abertura de Cafés, charcuteries e do cinematógrafo.


Soirées e pic-nics eram promovidos pela elite para minimizar a monotonia dos seis meses em que os abastados cariocas permaneciam na cidade. Este livro retrata exatamente esse período, em que Nova Friburgo viveu a sua Belle Époque.


Este livro recebeu o prêmio de menção honrosa em 2009 da ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, na categoria de Ensaio Social, com a seguinte alusão:


Propõe-se ainda Menção Honrosa para a categoria Ensaio à obra de Maria Janaína Botelho Corrêa “O Cotidiano de Nova Friburgo no Final do Século XIX, Práticas e Representação Social”. Trata-se de trabalho realmente pioneiro de cultura regional, abordando a organização da subjetividade coletiva daquele Município, e a originalidade da integração suíça das montanhas fluminenses nas suas políticas de memória, a guardar quase um “epos”, no seu afã prospectivo, tanto quanto colonizador.


Afastando-se de qualquer exorbitância monográfica, o resultado soma largo levantamento factual, com a riqueza de uma verdadeira leitura desse pluralismo, na composição da velha província, geralmente esmaecida pelo foco renitente da Corte e da capital da República.

Editora: EDUCAM – 2008.

Livro à Venda:

Livraria Papelote
papelote@papelote.com.br
Tel: (22)25220536

Livraria Sideral – Shopping Cadima
Tel: (22)25330212

Preço: R$40,00.


4 Response to "Livro: O cotidiano de Nova Friburgo no Final do Século XIX: Práticas e Representação Social"

Carlos Ferreira disse...

A Rádio Cultura de Santos Dumont-MG, "a terra do PAI DA AVIAÇÃO", cidade de 50 mil habitantes, na Zona da Mata Mineira, região de Juiz de Fora, fundada em 17 de agosto de 1948 é uma emissora administrada pela Sociedade Mineira de Comunicação.
Direção: Sérgio Rodrigues, João Begatti e Carlos Ferreira.

www.radioculturasd.com.br
www.radioiculturasd.com.br
twitter.com/radioculturasd
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=97354075
CULTURA ACONTECE: De segunda/sábado, de 08 às 10, com Jorge de Castro e participações de Sérgio Rodrigues, Carlos Ferreira e João Begati.

VEM AÍ O CAMPEONATO MINEIRO 2011:
29/01, direto de Juiz de Fora
Tupi (Juiz de Fora) e Villa Nova (Nova Lima)
Com Edson Palma, João Begati, Carlos Ferreira, Sérgio Rodrigues, Evandro Begati e Guilherme Galdino.

Leia mais aqui no BLOG:
www.carlosferreirajf.blogspot.com

Anônimo disse...

OLÁ JANAINA, PRIMEIRO QUERO LHE DAR OS PARABENS PELA SUAS OBRAS, E PELA MENÇAO HONROSA DA ABL.
SEGUNDO,SOU AMIGO DE UMA PRIMA SUA, MIRIAN BOTELHO, ESPOSA DO PAULO BONAMIGO, COM QUEM EU TRABALHO, AQUI EM DUBAI. ELA FALOU DO SEU LIVRO, TENTEI COMPRAR PELA INTERNET, MAS NAO CONSEGUI, VC. TEM ALGUM SITE QUE EU POSSA ENTRAR E INDICAR TAMBEM PARA ALGUNS AMIGOS? VI ALGUNS TRECHOS AQUI NO SEU BLOG, E ME INTERESSEI, AGUARDO SEU CONTATO,
E TERCEIRO, QUERO LHE DIZER QUE APESAR DE TODOS ESSES ACONTECIMENTOS COM FRIBURGO, DEUS ESTARÁ SEMPRE COM VCS., MESMO QUE CAIA UM FIO DE CABELO DE NOSSAS CABEÇAS, ELE SABE, E CUIDA DE NÓS. PODE CONTAR CONOSCO PARA O QUE FOR, PARA AJUDAR AS FAMILIAS DESABRIGADAS E ETC.
DESDE JÁ, AGRADEÇO A ATENÇAO.
TENHA UMA BOA NOITE.
ALCINEY MIRANDA

Anônimo disse...

Sou de Recife, Pernambuco, e gostaria de adquirir o livro, mas ele não está disponível em livrarias por aqui, nem na estantevirtual. meu e-mail é: barreto_marques@yahoo.com.br. Se possível a venda e envio via correios favor comunicar.

Roberto Barreto Marques

Antonio Cunha disse...

Profª Janaína, há no eixo Cantagalo, Duas Barras, Monnerat, Cordeiro, Bom Jardim, São José do Ribeiro e Nova Friburgo, algum núcleo ou centro de estudos sobre a presença de portugueses nessa subregião fluminense entre 1885 e 1920? Viajarei proximamente e pretendo ver que iniciativas há para sistematizar dados relativos aos colonos, sobretudo os de depois do fim da escravidão, e então eu me dirigiria a elas de modo mais objetivo para ganhar tempo na viagem. De qualquer forma, agradeço alguma resposta, e aproveito a oportunidade para felicitá-la por seu denodado esforço de esclarecer as origens do povo desse belo pedaço do Brasil.

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